Nota de apoio ao movimento Parent in Science e às mães pesquisadoras
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), por meio do Comitê de Apoio Técnico Mulheres na Ciência, da Pró-Reitoria de Comunidades, Ações Afirmativas, Diversidade e Inclusão (Procadi) e da Reitoria, emite nota de apoio ao movimento Parent in Science e às mães pesquisadoras. Leia a íntegra do documento:
Nota de apoio ao movimento Parent in Science e às mães pesquisadoras
"É preciso indignar-se", já nos ensinou o saudoso Paulo Freire!
A Universidade Federal do Pampa (Unipampa), cá das fronteiras do nosso Brasil com os países vizinhos Uruguai e Argentina, diante dos últimos fatos ocorridos em relação à manifestação do Presidente do CNPq, vem manifestar todo apoio ao movimento Parent in Science e às mulheres pesquisadoras, integrando-se a outras instituições que assim já se posicionaram em relação ao tema e ao compromisso com as políticas institucionais de e para equidade de gênero.
Nas palavras do próprio movimento PiS, “A parentalidade não é um problema, muito pelo contrário. O problema é a falta de políticas de apoio, especialmente à maternidade.” Diante disso, enquanto Universidade, nos alinhamos à luta das mulheres. A Unipampa é a favor e reconhece a importância das ações afirmativas para inclusão das mulheres na ciência. Nossa instituição adota políticas propostas pelo próprio PiS em nossos editais internos, e foi uma das primeiras a considerar o impacto da maternidade na produção científica. Há alguns anos, criamos um edital específico de apoio ao desenvolvimento de pesquisas por mulheres e um edital de apoio ao desenvolvimento de projetos de extensão relacionados ao tema gênero e sexualidade. Além disso, constituímos um Grupo de Trabalho sobre o tema (GT Mulheres na Ciência da Unipampa), cujo relatório de ações revela nosso compromisso institucional. Ainda, neste ano de 2024, estamos fortalecendo esta política interna com a criação, na estrutura da Universidade, de um comitê permanente de discussão das mulheres na ciência (Comitê de Apoio Técnico Mulheres na Ciência), com pauta de especial atenção sobre a maternidade.
Portanto, além de não nos calarmos frente aos motivos que causam desigualdade para a carreiras de servidoras técnicas e servidoras docentes, e dificuldades de permanência das estudantes mães no ambiente universitário, tais como os preconceitos contras as mulheres e avaliações injustas, também erguemos nossas vozes e nos unimos aos movimentos que denunciam o “efeito tesoura”, que causa abandono da academia e dificuldades na carreira das mulheres, se refletindo em menor percentual de mulheres em posições de tomada de decisão.
A Unipampa, enquanto partícipe do movimento Parent in Science (PiS) por meio de colegas pesquisadoras, manifesta seu reconhecimento ao trabalho importante desenvolvido pelo PiS e a sua concordância de que a maternidade e a diminuição da desigualdade de gênero devem ser políticas dentro de um processo permanente de conscientização no meio científico, esclarecendo que ser mãe e cientista é algo totalmente possível: “Já não me importa a sua opinião / O seu conceito não altera a minha visão / Foi tanto sim que agora digo não (...)”.
Assinam a nota:
Comitê de Apoio Técnico Mulheres na Ciência
Procadi
Reitoria da Unipampa
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