O Campus Uruguaiana da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), por meio do curso de Medicina Veterinária, realizou a primeira Mostra de Plantas Repelentes de Mosquitos Transmissores de Doenças. Com uma exposição na Praça Barão do Rio Brando no dia 9 de novembro, um grupo de aproximadamente 30 acadêmicos apresentou à comunidade local plantas repelentes de mosquitos transmissores de doenças, principalmente dengue e leishmaniose.

Segundo a professora coordenadora da ação, Claudete Funguetto, Uruguaiana possui grande número de focos de mosquitos transmissores de dengue e de leishmaniose, conforme constatado e acompanhado pelo setor de Vigilância Ambiental em Saúde do município, o que motivou a mostra.

Ela explica que vários tipos de plantas possuem potencial repelente de mosquitos transmissores de doenças. Conforme Funguetto, a planta mais conhecida é a citronela, que inclusive constitui a maioria dos produtos repelentes comerciais. No entanto, outras também, tais como a alfazema, o alecrim, a arruda, o capim limão, o manjericão, a malva de cheiro possuem potencial repelente de mosquitos.

“A comunidade é bastante receptiva à ideia de cultivar plantas repelentes de mosquitos transmissores de doenças nos seus pátios, em razão do elevado número de focos de mosquitos na cidade. Muitas famílias, independentemente da localização da moradia, tanto no centro, quanto em bairros, do grau de instrução ou do poder aquisitivo já sofreram com a perda de cães de estimação acometidos por leishmaniose, então sabem da gravidade do problema”, comenta.

A popularização de plantas repelentes de mosquitos transmissores de doenças tem sido feita através das disciplinas de Plantas Bioativas, cujos alunos realizam mostras de plantas repelentes de mosquitos transmissores de doenças regularmente, junto a diversos espaços públicos, tais como no Espaço de convivência Luís Emílio da Silva da Rosa, no campus, nos saguões dos prédios, na Praça Barão do Rio Branco e em escola públicas e privadas. 

Participaram da ação em torno de 30 acadêmicos, das disciplinas de Plantas Bioativas e de Extensão e Sociologia Rural, além de bolsistas de projetos. Os acadêmicos de Medicina Veterinária, em especial os do nono nível, matriculados na disciplina de Extensão e Sociologia Rural, participam ativamente de projetos de extensão junto à comunidade local, realizando palestras educativas em escolas públicas e privadas, construindo e distribuindo material educativo que tem como objetivo divulgar a importância da prevenção da proliferação de mosquitos transmissores de doenças. A docente explica que essas são ações de educação ambiental e saúde pública de acadêmicos prestes a concluírem o curso de Medicina Veterinária.

“Uma das formas de prevenir é cultivando plantas repelentes de mosquitos transmissores de doenças nos pátios e quintais das casas, escolas, empresas, lugares de lazer. Quando a planta é tocada pelo vento ou pela passagem de animais e de pessoas são liberadas as substâncias repelentes, ajudando no controle dos mosquitos”, explica.

Outras atividades

As ações também estão vinculadas a projetos e ações institucionais, tais como o Comitê Institucional da Unipampa Contra o Aedes aegypti; o projeto Fique Legal cultivando Planta Boa, e o Programa Mulheres Pescadoras do Pampa.