Mestrado Profissional em Comunicação e Indústria Criativa da Unipampa é aprovado
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Nível Superior (Capes) divulgou, na última sexta-feira, 21, a aprovação do 15º curso de pós-graduação stricto sensu, em nível de mestrado, da Universidade Federal do Pampa (Unipampa). O Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Indústria Criativa (PPGCIC), ofertado pelo Campus São Borja, recebeu conceito 3, em uma escala de 1 a 5.
Entre os objetivos do Mestrado Profissional em Comunicação e Indústria Criativa estão o de reconhecer a comunicação no âmbito profissional da indústria criativa e capacitar o pesquisador/profissional a perceber a comunicação como um processo criativo ou a comunicação enquanto estratégia, técnica e instrumento para o processo criativo. Além disso, o PPGCIC visa a propulsionar a indústria criativa na Metade Sul do Rio Grande do Sul e promover a articulação das políticas educacionais com as políticas culturais.
Com área de concentração em Comunicação e Indústria Criativa, o mestrado profissional apresenta duas linhas de pesquisa:
- Comunicação como indústria criativa: arte, produção audiovisual e convergência de mídias
Tem como foco estudar a comunicação e a indústria criativa como temas intrinsecamente articulados. “Historicamente, a comunicação vem sendo relacionada aos valores de mercado e às atividades puramente lucrativas. Esta linha, ao contrário, afirma a comunicação como uma atividade de relevância social”, explica o coordenador do projeto, professor Tiago Costa Martins. Para que isso ocorra, o docente acredita que a comunicação “precisa ser pensada com criatividade e inovação e precisa estar comprometida com as necessidades regionais”.
- Comunicação para a indústria criativa: educação, memória, política e economia
Essa linha de pesquisa entende a atividade comunicacional como um processo que auxilia a indústria criativa. “Se na primeira linha, portanto, a comunicação é entendida enquanto indústria criativa, nesta a comunicação se associa à indústria criativa”, esclarece Martins.
O mestrado em Comunicação e Indústria Criativa é voltado aos profissionais graduados nas áreas da Comunicação (Publicidade e Propaganda, Relações Públicas e Jornalismo) e em áreas das Ciências Sociais Aplicadas afins à Indústria Criativa. Serão ofertadas dez vagas e a previsão de início das atividades é março de 2017.
O PPGCIC contará com dez docentes, sendo oito permanentes - Evandro Guindani; Gabriel Feil; Joel Guindani; Marcela Guimarães; Ronaldo Colvero; Sara Feitosa; Tiago Martins; Vivian Belochio - e dois colaboradores da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Ada Cristina Silveira e Cássio Tomaim.
A proposta do mestrado em Comunicação e Indústria Criativa
De acordo com coordenador do projeto, professor Tiago Martins, em 2013, docentes do curso de Relações Públicas da Unipampa criaram o Observatório Missioneiro de Atividades Criativas e Culturais (OmiCult), com o objetivo organizar, difundir e fomentar estudos e pesquisas locais e regionais sobre as atividades criativas e culturais, por meio de ações pautadas pela pesquisa, ensino e extensão. A partir das ações desenvolvidas no Observatório, percebeu-se a necessidade de ampliar e qualificar a área da comunicação com a indústria criativa.
Foi, então, que o OmiCult propôs a reunião de alguns grupos de pesquisa do Campus São Borja para discutir as temáticas Jornalismo em Redes e Convergência; Processos e Práticas nas Atividades Criativas e Culturais e Relações de Fronteira: história, política e cultura na tríplice fronteira Brasil, Argentina e Uruguai. A partir das discussões, em 2015, os grupos formataram a primeira proposta do mestrado submetida ao edital interno da Unipampa.
O professor afirma que um dos principais pontos para a aprovação do curso foi o apoio entidades locais como a Associação Comercial, Industrial, de Prestação de Serviços e Agropecuária de São Borja (ACISB), o Sindicato do Comércio Varejista de São Borja (Sindilojas), a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de São Borja. Para Martins, "a articulação coletiva foi necessária para mostrar aos avaliadores da Capes que a Unipampa precisa criar oportunidades para qualificar e manter os profissionais da comunicação e áreas afins na região".
Com informações de Tiago Martins e Marcela Guimarães
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