Pesquisa de estudante da Unipampa é destaque na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química
O trabalho da estudante do Programa de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus Alegrete, Mayara Leão, foi destaque na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química. O evento ocorreu entre os dias 27 e 30 de maio, na cidade de Joinville, em Santa Catarina. A pesquisa apresentada pela aluna faz parte de duas dissertações de mestrado e está sendo desenvolvida no Campus Caçapava do Sul, com orientação da professora Carolina Ferreira de Matos Jauris e do professor José Rafael Bordin, além de contar com a parceria da professora Cristiane Lenz Dalla Corte e o pós-graduando Paulo Castro Cardoso da Rosa.
A pesquisa mostra um método sustentável e de baixo custo, que consiste no uso de filtros nanométricos tridimensionais a base de grafeno, que possibilita uma maior remoção de contaminantes da água, avaliando, caracterizando e sintetizando as toxinas presentes. Segundo Mayara, que é formada em Engenharia Ambiental e Sanitária pela Unipampa, foi durante a graduação que teve a oportunidade de vivenciar o dia a dia no laboratório, onde em 2017, surgiu o interesse no atual projeto, através do Grupo de Química dos Materiais do Pampa. “Foi quando decidi que realmente queria seguir para a pós-graduação’’, destaca. Em 2018, quando iniciou o mestrado, Mayara deu continuidade à pesquisa.
Para a aluna, a participação na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, além de proporcionar debates sobre o seu projeto, foi fundamental já que possibilitou “levar o nome da Unipampa e do nosso grupo de pesquisa, mostrando que apesar de sermos uma universidade jovem, podemos sim fazer pesquisa de qualidade’’, ressalta. De acordo com Mayara, para finalizar a atual etapa da pesquisa, é necessário concluir os testes com diferentes contaminantes, além de avaliar mais parâmetros de toxicidade dos materiais produzidos.
Conheça mais sobre os filtros tridimensionais à base de grafeno
O projeto de mestrado, que está sendo desenvolvido pela Mayara Leão, parte da construção de filtros capazes de remover contaminantes na água. O método usado é ambientalmente correto, já que não utiliza nenhum reagente tóxico ou solventes orgânicos. Pelo contrário, utiliza o grafeno, que é um material baseado no carbono, um dos melhores elementos para a remoção de diferentes poluentes. Segundo a professora Carolina Jauris, orientadora do projeto, o grafeno é um tipo de carbono diferente, que possui propriedades que conseguem remover muito mais que o carvão convencional. De acordo com a professora, pelo fato do grafeno ser um material nanométrico muito pequeno, ele possui uma capacidade maior de absorção dos poluentes, “então, utilizar materiais nanométricos como o grafeno é uma grande vantagem, porque a gente precisa de muito pouco material para ter o mesmo efeito de uma grande quantidade de carvão, por exemplo’’, destaca Carolina.
A professora Carolina, do Campus Caçapava do Sul, explica sobre alguns contaminantes existentes na água e sobre a importância da nanotecnologia na pesquisa desenvolvida pela Mayara Leão, no podcast abaixo:
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