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Data de Publicação 07/03/2019 - 21:44 Atualizado em 07/03/2019 - 21:45 2484 visualizações

Professora da Unipampa é finalista do 4º Prêmio Donna - Mulheres que Inspiram

Pâmela Carpes, professora da Unipampa, Campus Uruguaiana, é uma das finalistas do 4º Prêmio Donna - Mulheres que Inspiram. Na entrevista, a professora fala sobre a importância dessas conquistas na luta para o empoderamento feminino
Por Emanuelle Tronco Bueno

Se mulher e ciência algum dia andaram afastadas, essa realidade vem sendo alterada. Uma das protagonistas da busca por representatividade nas pesquisas científicas é a professora da Universidade Federal do Pampa (Unipampa), Campus Uruguaiana, Pâmela Carpes. Neurocientista, ela traz orgulho para familiares e para a instituição. Em 2017, foi uma das vencedoras do prêmio L’Oréal Unesco “Para Mulheres na Ciência” e está entre as finalistas do 4º prêmio “Donna – Mulheres que Inspiram”. Segundo Pâmela, os prêmios têm trazido visibilidade “para estimular meninas e mulheres a terem interesse na ciência e para lutar por condições mais justas de concorrência e progressão na carreira de mulheres cientistas”.

A professora destaca que “as mulheres têm conquistado cada vez mais espaço na ciência. Segundo dados do CNPq e da Elsevier, no Brasil temos um número muito próximo de mulheres e homens dentre os pesquisadores registrados no CNPq e os autores de artigos científicos publicados em periódicos internacionais”. Porém, conforme relata Pâmela, na progressão de carreira são encontrados com mais frequência homens em posição de destaque: “os homens têm mais visibilidade e melhores condições de ascensão na carreira”, relata.

Embora a desigualdade de gênero tenha vencido barreiras, a professora aponta que é necessário ir além do incentivo e das oportunidades às mulheres. “Precisamos lutar para acabar com situações que afastam a mulher da ciência, ou impedem que ela progrida nesta carreira na mesma velocidade que o homem - situações como o preconceito, o assédio e a sobrecarga de trabalho que a mulher geralmente enfrenta em relação ao homem”, reflete. Uma das pautas de luta é que as agências de fomento nacionais considerem o período de licença maternidade na avaliação do currículo das mulheres que são mães, pois “o impacto da maternidade na carreira científica de mulheres não pode ser negado, e tampouco comparado com o impacto da paternidade. Da mesma forma, é injusto que a carreira das mulheres seja prejudicada pela maternidade”, conclui Pâmela.

Sobre a área de pesquisa:

A professora Pâmela Carpes tem pós-doutorado na Katholieke Universiteit Leuven, Bélgica, na área de ciências biológicas e desenvolve pesquisas na área da neurociência, especificamente neurofisiologia da memória e ensino e divulgação da Fisiologia.

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      Professora da Unipampa é uma das finalistas do 4º Prêmio Donna - Mulheres que Inspiram (Foto: Divulgação)