“Na crise, com Esperança”, afirma a professora Maria Beatriz Luce em palestra que marca a abertura do 10º Siepe
A noite desta terça-feira, 6, marcou o início oficial do 10º Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão (Siepe). A palestra de abertura, com a temática “Pesquisar, Formar e Atuar sem fronteiras”, foi proferida pela professora da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Maria Beatriz Luce. Na UFRGS, ela atua como professora titular de Política e Administração da Educação. Além da trajetória como professora do ensino superior, Luce possui experiência como reitora pró-tempore da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) de 2008 a 2011.
Em sua fala, a professora abordou a recente crise, com a educação sendo o alvo principal. “No campo da educação a crise incide sobre a natureza e a amplitude dos direitos progressivamente reconhecidos e na concepção basilar deste bem público de alto potencial para a promoção da justiça e da equidade social, a formação ética humanitária, respeitosa das culturas e do meio ambiente”, frisou Luce.
De acordo com Maria Beatriz, o papel da educação tem sido amplamente reconhecido nas mudanças sociais em direção a maior liberdade, justiça social, igualdade e participação. “A democratização da educação é a base de possibilidade da democratização da e na sociedade, pois se trata de democratizar o acesso à escola e à universidade; democratizar o conhecimento em suas mais variadas formas e perspectivas; e democratizar a gestão das políticas públicas e das instituições de educação, porque sem participação nas decisões, na ação e na avaliação das escolas e universidades, não se exercita a democracia, não se forma para a Cidadania”, ressaltou a professora.
Para Maria Beatriz, o medo e o silêncio não podem ter lugar nas Universidades, nem nas escolas. “Olhar o futuro com esperança! É muito importante que estejamos juntos. A mudança educacional - como a social - pressupõe tanto a superação do isolamento das iniciativas de pessoas e grupos da base, como a superação da tradicional modelagem política, de cima para baixo”, destacou a professora.
Luce finalizou sua fala frisando a importância da instituição universitária: “a história já consignou que a universidade ao criar o aparentemente ‘supérfluo’ e ‘inútil’, abre novas perspectivas, pelo pensamento e pela participação, pela ciência e tecnologia. É esta a sua principal responsabilidade pública”.
As atividades desta noite, 6, ainda estão ocorrendo. Na sequência, palestra e homenagem do professor Mario Benedetti.
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