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Data de Publicação 04/03/2015 - 14:02 Atualizado em 26/06/2015 - 14:35 3837 visualizações

Pesquisadores da Unipampa avaliam estresse abiótico em plantas da Antártica

Pesquisadores da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) encerraram a segunda etapa das atividades na 33ª Operação Antártica (Operantar). A equipe do Projeto Batista / Paulo Câmara esteve acampada na Ilha Ardley para realizar coletas de plantas da Antártica e experimentos em campo. O objetivo é avaliar o estresse abiótico por frio e por metais em plantas, fungos e liquens da Antártica.

Conforme o professor da Unipampa, Filipe Victoria, a área estudada é abundante em vegetação. “Nunca na Antártica estivemos em uma área com tamanha abundância de campo de musgos e liquens”, afirma Victoria. O professor ainda explica que a área é rica em vegetação, provavelmente, pela ocupação massiva de aves migratórias e pinguins, que fazem ninhos nesta ilha há muito tempo. “Quanto mais antiga a ocupação, maior concentração de matéria orgânica nos solos”, comenta.

A equipe que acampou na Ilha Ardley é composta pelos professores da Unipampa, Margéli Albuquerque e Filipe Victoria, pelo professor da UESPI, Hemerson Oliveira, pelo professor da UFMS, Adriano Spielmann e pelos pesquisadores Graciela Alves, Rodrigo Paidano (Neva/Unipampa) e Diogo Santos (UFMS) e pelo alpinista Luiz Consiglio (CAP).

 

Campo de liquens e musgos / Foto: Margéli Albuquerque

Campo de liquens e musgos / Foto: Margéli Albuquerque

 

Durante a pesquisa, foram evidenciados vários vestígios de ninhos antigos. Ainda conforme o professor, foram coletadas cerca de 500 amostragens de espécies de plantas, fungos e liquens que serão utilizados em estudos de laboratório.

Também foram realizadas amostragens de gases do solo, finalizando uma das séries de coletas mais longas de fluxo de gases de solos de áreas de degelo da Antártica. Este trabalho de coleta foi realizado pelo professor Frederico Vieira, da Unipampa, que esteve nas imediações da Estação Brasileira Comandante Ferraz. Na etapa atual da operação, outra equipe, composta pelo professor Antonio Batista Pereira e pelas pesquisadoras Mônica Minozzo, Juliana Ferreira e Daiane Valente, está nas imediações da Estação Ferraz. No local, são feitas coletas de plantas para estudos genéticos.

Outro acampamento do projeto está ativo na Ilha Half Moon. A equipe que está no local é composta pelos pesquisadores Daniela Schmitz, do Núcleo de Estudos da Vegetação Antártica (Neva/Unipampa), Roberto Michel (UESC), Camila DIttmar (UFV) e pela alpinista Yoshimi Nagatami (CAP).

Um abrigo antártico, com a bandeira argentina e o nome ballve. o abrigo tem paredes vermelhas     

Acampamento Refúgio Ballvé, na Argentina / Foto: Graciele Alves  

 Equipe de pesquisadores posa para foto em frente ao abrigo antártico; todos usam roupas pesadas para suportar o frio, toucas para esquentar a cabeça, e estão sentados em pequenas cadeiras. o tempo é frio e o céu está nublado

Equipe da Unipampa participante da Operantar / Foto: Filipe Victoria

 

Com informações do professor Filipe Victoria