A comissão de coleta seletiva dos prédios da Reitoria da Universidade Federal do Pampa (Unipampa) entregou no mês de setembro duas cargas de cerca de 110 quilos de material reciclável para a Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis Rainha da Fronteira. Na instituição esse tipo de trabalho é feito desde 2011 em todas as unidades acadêmicas e, por ano, quase três toneladas são doadas para serem recicladas.

De acordo com o integrante da comissão responsável pelo trabalho, Luís Fogaça, a ação iniciou a partir do Decreto 5940/06 que exige que o serviço público destine os materiais que podem ser reciclados. Ele explica também que aqui em Bagé, o transporte é feito pela prefeitura do município. “É um esforço para gerar renda através da separação e correta destinação de papelão, plástico, metais e todo material que possa ser reciclado e antes seria descartado. É um feito a cada vez que vejo isso recolhido, era lixo agora é recurso, é menos volume no aterro sanitário é economia de energia na fabricação de bens”, comemora ele.

“Há países que conseguem salvar para reciclagem 99% dos resíduos sólidos urbanos, sendo apenas 1% rejeito. Aqui no Brasil temos uma questão social com as famílias que fazem parte destas associações. Não se trata apenas de lucro”, explica ele.

Fogaça ressalta que em Bagé são reciclados: papelão, metais, papel e plásticos, e que os materiais como vidro e plástico devem ser limpos antes de colocados para doação para que o produto não seja desvalorizado. Ele também destaca que roupas não são recicláveis: “é importante que as pessoas saibam que a peça de vestuário que é colocada no lixo vira resíduo no aterro, por isso as roupas devem ser dadas diretamente a quem precisa ou para ONGs que trabalham na causa”.

Outra boa dica é não colocar caixas de remédio, lâminas descartáveis, vidros e frascos de produtos de higiene na lixeira do banheiro: “misturados não são possíveis de serem aproveitados”, finaliza Fogaça.